terça-feira, 28 de dezembro de 2010

telhados verdes

Não se trata de algo novo, este saiu do: http://viverdeeco.com/2010/12/22/incriveis-telhados-verdes-da-noruega/

Os noruegueses são referência quando o assunto é respeito e boas práticas em relação ao meio ambiente, são considerados os precursores dos atuais “telhados verdes”. Por centenas de anos as casas da Noruega foram cobertas naturalmente pela relva. Alguns telhados possuem uma grande variedade de espécies de relva, flores, ervas e até mesmo pequenas árvores.

As vantagens dos telhados verdes são muitas. Por serem muito pesados, ajudam a estabilizar a casa, fornecem isolamento térmico, purificam o ar, servem como abrigo e fontes de alimento para passsáros, borboletas, joaninhas, etc…

Os Telhados Verdes na Noruega são uma tradição e podem ser vistos por toda parte. Estes telhados na Escandinávia foram cobertos com casca de bétula e gramado desde a pré-história.

Desde o período “Viking” e da Idade Média as casas já contavam com telhados verdes. Nas áreas rurais os telhados verdes eram quase unanimes até o início do século 18.

Os telhados com telhas convêncionais, apareceu muito depois nas cidades e nas casas senhoriais rurais, gradualmente substituíndo os telhados verdes, exceto em áreas mais afastadas no interior durante o século 19.
Atualmente existe um forte movimento buscando preservar e fortalecer as antigas tradições. A partir deste movimento, os telhados verdes começaram a reaparecer como uma alternativa aos materiais modernos.

Todos os anos, desde 2000, um prêmio é dado ao melhor projeto de telhado verde na Escandinávia.

Fonte: www.amusingplanet.com

Devaneio Arquitetônico

Peguei esta do blog: http://www.architecture.blogger.com.br/
achei muuuito engraçado. O prédio parece um que existe na Carlos Gomes, aqui em Porto Alegre.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Estruturas em BAMBU

Bambu é um material interessante: orgânico, renovável

O texto abaixo é do site do meu amigo Joca que trabalha com isso a mais de 10 anos:

o site:http://www.bambutramado.com.br/

Pelo formato de uma touceira de bambu é possível identificar
a sua espécie, pelas cores dos seus pés é possível descobrir a idade de cada peça e pela força de suas fibras é possível fazer um tramado leve e resistente.
Fortes e flexíveis, as fibras de bambu cortadas e tramadas artesanalmente se transformam em soluções de fechamentos utilizados em espaços abertos e interiores para decorar tela , grades , cercas, pare-
des , tetos e formar espaços diferenciados.

comission 1 metropolis - eco regions

SESSION N° 6
Round table (debate):

CONTEXT:

Climate change is happening. A certain number of the consequences of climate change can already be observed and estimates can be made as to how they may gain greater proportions in the future. The work that is currently being carried out by scientists on an international scale and that is being synthesized by the GIEC (Interministerial Group of Experts on the Evolution of Climate Change) highlights that even if all efforts were made to reduce greenhouse gas emissions, the projected imbalances in climate are inevitable. This is due to the inertia or slow reaction time of the climatic system, which means that we must necessarily anticipate and adapt ourselves to these changes. These adaptive measures –vital from now on – should be seen as additional to other measures that have already been introduced aimed at limiting climate change, such as the reduction of greenhouse gases.

Adaptation to climate change can be defined as our capacity to adjust our natural and man-made systems in response to climatic phenomena or their effects, in order to limit their negative impact or to optimise their benefits. In any case, it is clear that climate change will have some costs for society.

The effects of climate change will be distributed neither equally nor fairly between territories. Neither from a geographic point of view, nor from an individual or social point of view.

Climate change will affect human health directly or indirectly, in ways that are often little understood. Several kinds of measures need to be taken:
- Reinforcement of preventive measures and raising of awareness
- The study and research of the relationship between climate change and air quality and its consequences on health...
- The evaluation and management of the sanitary impact on water resources or on the quality of buildings...
- Prevention and organisation for how to best fight against the effect of urban heat islands in case of heat waves...

Climate change will impact on the dynamic of the water cycle. It is therefore necessary to evaluate what will be the likely changes but also to prepare ourselves in order to avoid flooding and the associated problems concerning health and food security that can be caused as a result.

Climate change and natural hazards will primarily affect low-lying coastal areas through the erosion of coastline or the submersion of these areas due to the predicted rise in sea levels. The increase in temperatures that has been forecast will also increase the risk of forest fires and the frequency of heat waves.

The adaptation of the energy sector to climate change should be carried out within the wider framework of the need for reduction in greenhouse gas emissions and the precariousness of household energy, but it should also take into account the greater demand for air conditioning and cooling in the summer.

Current and future transport infrastructures often last for several decades, which exposes them to the effects of climate change. The challenge here will be to ensure the transport and safety of people and goods.

Urban planning projects and buildings have long life spans, which means that it will be necessary to consider how best to adapt them to climate change in all urban planning documents. All measures should take into account the many unknowns which remain regarding the evolution of climate change and its impact on our societies.

It is vital to encourage greater reflection on the different forms of governance at all territorial levels. In this spirit, interdisciplinarity ought to be reinforced in the field of research. In order to achieve this, it is necessary to promote partnerships between research and local public decision-makers.

The level of information and education of the general public on the subject of climate change must be reinforced. Elected representatives and local authorities should also be given specific training so that they dispose of the means to make better-informed decisions in the process of anticipating climate change.



OBJECTIVES OF THE SESSION:

To draw up some broad and far-reaching recommendations which could be proposed to all of the cities that are members of Metropolis.


Link with previous sessions

The conditions for the implementation of local measures on energy and climate ;

Their connection and integration with existing local planning structures (in the broad sense, including consultation and cooperation between actors and the participation of the local population) ;

Their variations in scale and theme.



PARTICIPANTS:

Catherine RIBES
Juan Carlos SANCHEZ
Liudmila TKACHENKO
Danielle SAUTEREL
Christian THIBAULT
Séraphin OKOKO
Luc BAS
Erwan CORDEAU
Luli NASCIMENTO
Vanadah CHAVAN
M. MAKPENON
Eduardo N. RECHDEN
Julien DESPLAT
Michelle GAUTHIER
Clive DAVIES
Haileselassie SEBHATU


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Recomendações às Cidades do Metropolis

Abaixo o texto de recomendações para serem incluídas no documento síntese da reunião da comissão 1 do Metropolis - Eco Regiões em Paris 15, 16 e 17 de dezembro de 2010.

Contribuição do Município de Porto Alegre aos debates realizados no encontro da C1 do Metropolis realizado em Paris, 15, 16 e 17 de dezembro.


Recomendações para mitigação de efeitos e adaptação à mudanças climáticas.

As mudanças climáticas que historicamente acontecem em nosso planeta foram, no último século, aceleradas significativamente por atividades humanas. Os procedimentos de produção industrial e agro-pecuária, geração de energia e transporte são os principais causadores de um aporte extra de gases de efeito estufa na atmosfera.

Face esta realidade devemo-nos preparar para minimizar as conseqüências decorrentes nas alterações climáticas, possibilitando que os impactos ambientais e sócio-econômicos sejam o menor possível para as populações.

a) Recomendações para mitigação do impacto causado ao clima pelas atividades antropogênicas;

- Construção Civil Coerente: As cidades são principalmente caracterizadas pelos seus prédios, são eles locais de habitação, trabalho, estudo e atividades de lazer. É fundamental que se coloque mais ênfase na fase de projeto buscando conhecer melhor o local onde será executada a construção, possibilitando uma maior adaptabilidade à realidade local potencializando na fase de operação o desempenho do prédio.
Uma série de técnicas já estão disponíveis, assim como conceitos de certificações para construção civil podem servir como base para elaboração de projetos para prédios de desempenho superior.
Conceitos simples como telhados brancos ou gramados, orientação solar correta, ampliação do grau de permeabilidade no terreno, captação de água da chuva podem ser utilizados praticamente sem agregar custos construtivos e resultar em um grau de sustentabilidade expressivamente maior.
Questões de maior tecnologia, uso de materiais inovadores possibilitam um desempenho energético muitíssimo superior. Atualmente temos os exemplos das PASSIVE HOUSE, construções que garantem conforto térmico praticamente sem nenhum dispêndio energético. Dentro deste tema as certificações LEED (americana), HQE (francesa), BREE (britânica), entre outras visam a construção de prédios mais inteligentes e sustentáveis. Os prédios existentes também podem ser objetos de readequação

- Questões de urbanismo e ordenação de território também são fundamentais para mitigação dos impactos antropogênicos ao clima. O modelo de expansão urbana que atualmente se tem por mais correto é aquele que visa duplicar a cidade já existente nos processos de urbanização. Ou seja, fazer com que os novos bairros reproduzam os bairros existentes dotando-os de serviços evitando deslocamentos e integrando os habitantes destes bairros à cidade.

- Oferta de transporte público de qualidade e baixa emissão de GEE. Restrição de veículos particulares em regiões centrais das cidades e fomento e construção de vias para transporte alternativo.

- Programa de plantio anual de árvores, programa de ampliação de áreas verdes e exigência, para licenciamento de empreendimentos/ incorporações de execução de áreas verdes para uso público.

- Fomento à atividades de baixa emissão e de tecnologias limpas. Readequação de impostos e taxas municipais conforme o potencial poluidor.

- Gestão de resíduos priorizando reutilização, reciclagem, compostagem e geração de energia.

- Fomento à produção agrícola e valorização de alimentos regionais em áreas de periferia urbana.


b) Recomendações para minimização dos impactos decorrentes de mudanças climáticas.

- Planejamento e execução de programa de monitoramento do clima; É fundamental para construção de cenários futuros o acompanhamento e estudo das condições climáticas em cada localidade. É importante também para conhecer o impacto de processos intensos de urbanização, distritos industriais, aeroportos, centros de distribuição e outras estruturas potencializadores do efeito de “ilha de calor”. É também de grande relevância o acompanhamento de eventos climáticos pouco usuais, como por exemplo furacões e tornados em regiões subtropicais e estudo de marés em regiões costeiras.



- Estudo e avaliação de soluções viáveis para cidades suscetíveis à aumento do nível do mar. O aumento do nível do mar não necessariamente condena as cidades costeiras. Exemplo concreto, maior parte do território da Holanda encontra-se abaixo do nível do mar. Um sistema de diques e comportas torna viável a ocupação deste território e próspero país.

- Estudo e avaliação de espécies vegetais de maior resistência à variações do clima.

- À partir de conclusões e cenários apontados pelos programas de monitoramento do clima, inserir nos projetos construtivos elementos que garantam solidez estrutural frente à eventuais condições climáticas mais intensas.

- Avaliação de possíveis oportunidades decorrentes de alteração do clima; como por exemplo durante um período excepcionalmente quente durante os anos de 800 à 1200 foi possível cultivo agrícola na Groenlândia.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

janela solar da SONY

Janela translúcida da SONY com capacidade para geração de energia




Sony Introduced Its Solar Windows at Eco Products 2010

A glass windows with a beautiful flower ornaments as well as power generation demonstrated by Sony at Eco Product Exhibition 2010 in Tokyo.

The Hana Mado or Flower Window is a device which is a Dye-Sensitized Solar Cells (DSSC) to convert light into electrical energy. Demonstration using a small fan to show that electric power can be generated from the solar windows.

The design of this device is very attractive because it offers cheaper solar cells technology and easier to be installed at home. The design also uses screen printing to produce a special design in accordance with consumer preferences.

In 2008 Sony DSSC has been a success story for its 10 percent of conversion efficiency .Not yet clear when this device will be commercialized but the prototype can describe readiness for commercialization.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Conceito de Sustentabilidade

Tirei isto aqui do site do ITAÚ: http://ww2.itau.com.br/sustentabilidade/_/no-seu-dia-a-dia/conceito-sustentabilidade.aspx.

À princípio fui meio preconceituoso com a fonte, mas a definição é interessante:  

O Relatório de Brundtland – Nosso Futuro Comum - define sustentabilidade como - "satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer as próprias necessidades". Esse relatório foi elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e faz parte de uma série de iniciativas relativas à Agenda 21, as quais "reafirmam uma visão crítica do modelo de desenvolvimento adotado pelos países industrializados e reproduzido pelas nações em desenvolvimento, e que ressaltam os riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas". O relatório aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os padrões de produção e consumo vigentes.
Entretanto, hoje estamos consumindo mais recursos do planeta do que a Terra pode suportar, então a cada dia que passa estamos deixando um planeta com menos recursos e com mais desequilíbrio. Estamos em um círculo vicioso de consumo no mundo, mas é possível entrarmos em um círculo virtuoso quando mudarmos nossa forma de consumir.

John Elkington, fundador da Sustainability – uma das mais importantes instituições que trabalham com o tema - define sustentabilidade há mais de uma década como "a busca pelo equilíbrio entre o pilar econômico, social e ambiental, representada também pelo termo Triple bottom line".
Esse equilibrio pode ser comparado a um balanço com os resultados da empresa em dados quantitativos, nas três dimensões propostas pela sustentabilidade – econômica, social e ambiental. É uma forma de gestão que avalia os impactos da organização sobre uma visão mais sistêmica levando em consideração a relação de interdependência com suas partes interessadas, também denominadas de stakeholders.

Os stakeholders podem ser classificados como:

Externos – sem ligação direta com a empresa (membros da comunidade, órgãos do governo, mídia, etc.);
Externos - com ligação direta com a empresa (clientes e fornecedores ou ainda conforme o grau de influência no negócio);
Internos – colaboradores, gestores, acionistas, etc.
Ou seja, a empresa pode desenvolver seu negócio com lucro e de uma forma responsável, mas é preciso que ela tenha diálogo com seus stakeholders, entenda quais são os impactos que exerce e administrá-los, alinhando, assim, a sustentabilidade aos negócios.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Sustainable Neighbourhood - Bairro Sustentável

Sounds like an utopia, perhaps a dream to follow:

"A sustainable neighbourhood is a mixed used area with a feeling of community. It is a place where people want to live and work, now and in the future. Sustainable neighbourhoods meet the diverse needs of existing and future residents, are sensitive to their environment, and contribute to a high quality of life. They are safe and inclusive, well planned, built and run, and offer equality of opportunity and good services to all." (Bristol Accord, 6-7 December 2005).

Parece utopia, quem sabe um sonho a perseguir:

"Um bairro sustentável é uma área de uso misto, onde há um sentimento de comunidade. É um lugar onde as pessoas querem trabalhar e morar, agora e em um momento futuro. Bairros sustentáveis atendem as necessidades diversas dos atuais e futuros habitantes, levam em consideração o meio ambiente e possibilitam uma alta qualidade de vida. São seguros, bem planejados, construídos e administrados. Oferecem igualdade de oportunidade e serviços à todos." tradução minha do acordo de Bristol, dezembro de 2005.

bristol accord     


O modelo de Brasília, supra-sumo da vanguarda em 1950, está totalmente em desacordo com a maioria dos modelos sugeridos de bairros sustentáveis. Percebe-se que aqui que cada área da cidade tem uma função distinta.


The Brasilia model, urban bleedingedge in the 50's is totally in disagreement with today's sustainable neighbourhoods models.  Here it is very obvious that each area of the city has a distinct function.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

manual do arquiteto descalço

http://www.4shared.com/file/26980222/b8cc7dfb/Manual_do_Arquiteto_Descalo.html

Tomei conhecimento deste manual através do meu colega Thomas Soares.
É extremamente interessante e explica coisas básicas que infelizmente diversos profissionais que estão realizando projetos hoje em dia não tem a menor noção.

Materiais

Na Suécia existe uma grande quantidade de casas de madeira. A explicação é bastante óbvia pois grande parte do território do país é coberto por florestas de pinheiros (Tall, Grön) e Vidoeiros. São árvores altas e finas, são facilmente processadas em tábuas e amplamente usadas na construção civil, principalmente de casas. Apesar de vermelhas as casas ficam bem integradas ao ambiente onde estão. É um material de farta disponibilidade, e a origem da matéria prima é muito próxima ao local de utilização.      

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Cupinzeiros

Os cupinzeiros são extremamente interessantes, são orgânicos na concepção e têm um desempenho térmico excelente.

Os cupinzeiros obedecem a vários estilos de contrução. Podem ser altos como chaminés, ter forma de guarda-chuva, ou lembrar montanhas de vários tipos, podem ser feitos em tocos de árvores ou pendurados em galhos. A maior parte é construída com terra, madeira, ou excrementos e saliva, tudo mastigado. O cupinzeiro contém depósitos, viveiros e fábrica, e no meio a câmara real, tudo mantido úmido e a uma temperatura praticamente constante por um complexo sistema de ventilação construído por uma rede de câmaras e passagens.


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Prédios + sustentáveis = prédios já existentes???

Existe esta corrente que prega que os prédios mais sustentáveis são aqueles que já existem.
Razão: o processo de demolição e construção é altamente impactante.
Me parece simplista e é conflitante com o crescimento populacional.
O Retrofit aparece como uma alternativa intermediária, mantem-se a casca renova-se o interior. É bem comum na Europa, preserva-se a identidade de cidades ou bairros, fator que é pouco valorizado por estas bandas.

Acredito que seria uma solução interessante para recuperação de centros de grandes cidades brasileiras que em sua maioria estão bastante marginalizados.

Na imagem o mercado público no centro de Porto Alegre. O prédio que aparece mais alto é o prédio do INSS.

Este prédio que ao meu ver é horroroso está desocupado, pois apresenta uma série de problemas de funcionalidade e de segurança. Não vamos entrar no mérito de eficiência energética/hidráulica e outros quesitos que estão muito além daqueles conceitos presentes no momento de sua construção.



   

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Construção Sustentável em Países em Desenvolvimento





As ocupações irregulares são causadoras de grande impacto ambiental nas grandes cidades dos países em desenvolvimento.

São bairros, muitas vezes, com população equivalente à de uma pequena cidade que nascem e crescem sem critério de organização.

- Ocupação em áreas de importância ambiental.

As ocupações irregulares geralmente acontecem de 3 formas: em locais sem urbanização, invasões e em áreas teóricamente protegidas (topo de morros e margens) . Destas, a última é a mais impactante. A ocupação de topos de morros altera características naturais, destruindo o habitat e em função da supressão vegetal favorecendo a ocorrência de deslizamentos. Além da degradação natural, um risco para os moradores.
As ocupações em margem de rio ou lagoa representam fonte de poluentes nos corpos d'agua, a supressão de mata ciliar causa cheias podem representar sérios riscos.

- Urbanismo.

A ausência de planejamento urbano resulta em bairros:

-sem áreas verdes (praças, parques);
-sem arborização urbana;
-com vias/ruas estreitas dificultando o trânsito de veículos;
-construções sem recuo;
-ausência de esgoto;
-sem possibilidade de existência de prédios de comércio e serviços.

O fenômeno se repete; determinado local se torna foco de ocupação irregular, começam a juntar alguns casebres, depois outros mais, e em poucos anos se faz necessário o abastecimento de energia elétrica e água. Em prol da saúde pública consolida-se a favela, um bairro insustentável no sentido amplo da palavra.

Talvez, o que seja interessante na ocupação irregular é que é uma forma mais orgânica de bairro. Explica-se: estruturas leves que respeitam o relevo. A ausência de terraplanajem que dá o caráter orgânico.   Porém, fora esta questão está quase tudo errado nas ocupações irregulares.

- A casa irregular:

Feita sem conhecimento dos materiais, sem cálculo estrutural, sem conforto, sem orientação solar adequada, sem instalação elétrica  e hidráulica correta, sem estilo arquitetônico definido.   

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Horta em Casa


Um pomar na área interna comum do edifício.





A vista frontal do prédio. Uma fachada bonita e inovadora.


Veja a matéria: http://www.metaefficient.com/architecture-and-building/chinese-design-winner-high-rise-with-vertical-hydroponics.html







O "prédio hidropônico" é um conceito interessante. Permite que os residentes plantem sua própria comida, possibilitando um sistema onde o produtor e consumidor final habitem o mesmo prédio eliminando atravessadores e toda rede logística.
É um conceito bastante interessante o da horta em casa.
A crença que tenho é que quanto maior for o grau de auto suficiência dos prédios (inclusive no sentido de fornecer alimentação para seus ocupantes melhor).
- Torna o ambiente mais agradável;
- Evita os deslocamentos necessários;
- Utilização de área já antropizada para produção de alimentos;




Bairros Sustentáveis

ou


Tão importante quanto construir prédios sustentáveis é pensar em bairros sustentáveis.

Algumas certezas a experiência nos dá:

Nem o modelo de subúrbio residencial:

onde faz-se necessário grande infra estrutura de transporte;

Alto tempo de deslocamento entre residência / trabalho;

Bairros suburbanos carentes de serviços.

Tampouco o modelo de grandes torres habitacionais:

Pombais humanos que não atendem as necessidades de espaço.

São desagradáveis à visão, tem altos custos de manutenção.

E impactam negativamente as áreas desocupadas no seu redor.

A idéia mais correta: a extensão da cidade, a réplica da urbanização original, corrigidos equívocos da versão original.

Além da questão ambiental o social é relevante, pois a marginalização e a exclusão levam à as pessoas à comportamentos que acabam gerando impactos ambientais relevantes.


Um Modelo Superado

O modelo de desenvolvimento urbano exemplificado nesta foto, (centro de SP) apesar de totalmente superado ainda encontra defensores.

Talvez um dos motivos que possibilitem que modelos assim se perpetuem por tanto tempo é a dificuldade que as pessoas tem em encontrar a razão de seus problemas. Um processo evolutivo comprova que a qualidade é mais importante que a quantidade; este conceito muitas vezes não é bem compreendido. Além da questão de vaidade presente na maior parte das tomadas de decisões (o meu é o maior) questões de aproveitamento de área são elementos cujo peso dado é maior do que ao bom senso. O resultado é desastroso. Os centros das grandes cidades brasileiras sofreram (e sofrem) um processo de marginalização e a razão é muito em virtude do tipo de ambiente urbano que oferecem. As pessoas com melhores condições financeiras querem viver à distância daquilo que foi concebido em função da otimização do espaço e da vontade de ser maior, resultando em um ambiente desagradável, feio e de funcionalidade pífia.

construção + orgânica

O nome construorg é a aglutinação das palavras construção e orgânica. Construção pelos motivos óbvios; orgânica no sentido de adaptação ao meio e as pessoas que utilizam ( a construção ).

Propõe uma avaliação mais criteriosa do local onde o prédio será inserido. Nesta avaliação além da geografia, geologia, fauna e flora, todos os aspectos sociais presentes.

A experiência comprova que o investimento no estudo e planejamento prévios aos processos executivos garantem resultados muito superiores aos obtidos em empreendimentos cujo foco é a fase de execução.

O conceito equivocado que separa o ser humano do meio ambiente deve ser superado e substituído por uma idéia mais holística do todo. Nesta nova concepção o ambiente antrópico deve ter uma relação mais harmônica com o ambiente natural.

A trepadeira é um exemplo legal, ela vai crescendo conforme o relevo (o substrato) que dispõe. Vale considerar que depois de certo tamanho, ela mata a árvore.
O foco é a adaptabilidade, porém mesmo assim depois de determinada dimensão vai sufocar a árvore onde se desenvolve.

Acredito que construção també,m seja assim. Por mais criteriosa, depois de determinado tamanho, torna-se insustentável.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

impactos construção civil

Mundialmente os prédios são responsáveis por:
40% do consumo de energia;
16% da água utilizada;
30% dos resíduos gerados;
36% das emissões de GEE.
Eu não creio muito na questão dos GEE, pelo fato de 93% deles serem à partir de fontes naturais.

CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

O tema do blog é a construção sustentável, o que em outras palavras é pensar melhor o projeto adaptando-o ao local.

Não existe fórmula infalível para sustentabilidade na construção civil, nenhum prédio é 100% sustentável e nenhum é 100% insustentável. O que se deseja é que se tenha mais critério e entendimento do entorno.