quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Conceito de Sustentabilidade

Tirei isto aqui do site do ITAÚ: http://ww2.itau.com.br/sustentabilidade/_/no-seu-dia-a-dia/conceito-sustentabilidade.aspx.

À princípio fui meio preconceituoso com a fonte, mas a definição é interessante:  

O Relatório de Brundtland – Nosso Futuro Comum - define sustentabilidade como - "satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer as próprias necessidades". Esse relatório foi elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e faz parte de uma série de iniciativas relativas à Agenda 21, as quais "reafirmam uma visão crítica do modelo de desenvolvimento adotado pelos países industrializados e reproduzido pelas nações em desenvolvimento, e que ressaltam os riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas". O relatório aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os padrões de produção e consumo vigentes.
Entretanto, hoje estamos consumindo mais recursos do planeta do que a Terra pode suportar, então a cada dia que passa estamos deixando um planeta com menos recursos e com mais desequilíbrio. Estamos em um círculo vicioso de consumo no mundo, mas é possível entrarmos em um círculo virtuoso quando mudarmos nossa forma de consumir.

John Elkington, fundador da Sustainability – uma das mais importantes instituições que trabalham com o tema - define sustentabilidade há mais de uma década como "a busca pelo equilíbrio entre o pilar econômico, social e ambiental, representada também pelo termo Triple bottom line".
Esse equilibrio pode ser comparado a um balanço com os resultados da empresa em dados quantitativos, nas três dimensões propostas pela sustentabilidade – econômica, social e ambiental. É uma forma de gestão que avalia os impactos da organização sobre uma visão mais sistêmica levando em consideração a relação de interdependência com suas partes interessadas, também denominadas de stakeholders.

Os stakeholders podem ser classificados como:

Externos – sem ligação direta com a empresa (membros da comunidade, órgãos do governo, mídia, etc.);
Externos - com ligação direta com a empresa (clientes e fornecedores ou ainda conforme o grau de influência no negócio);
Internos – colaboradores, gestores, acionistas, etc.
Ou seja, a empresa pode desenvolver seu negócio com lucro e de uma forma responsável, mas é preciso que ela tenha diálogo com seus stakeholders, entenda quais são os impactos que exerce e administrá-los, alinhando, assim, a sustentabilidade aos negócios.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Sustainable Neighbourhood - Bairro Sustentável

Sounds like an utopia, perhaps a dream to follow:

"A sustainable neighbourhood is a mixed used area with a feeling of community. It is a place where people want to live and work, now and in the future. Sustainable neighbourhoods meet the diverse needs of existing and future residents, are sensitive to their environment, and contribute to a high quality of life. They are safe and inclusive, well planned, built and run, and offer equality of opportunity and good services to all." (Bristol Accord, 6-7 December 2005).

Parece utopia, quem sabe um sonho a perseguir:

"Um bairro sustentável é uma área de uso misto, onde há um sentimento de comunidade. É um lugar onde as pessoas querem trabalhar e morar, agora e em um momento futuro. Bairros sustentáveis atendem as necessidades diversas dos atuais e futuros habitantes, levam em consideração o meio ambiente e possibilitam uma alta qualidade de vida. São seguros, bem planejados, construídos e administrados. Oferecem igualdade de oportunidade e serviços à todos." tradução minha do acordo de Bristol, dezembro de 2005.

bristol accord     


O modelo de Brasília, supra-sumo da vanguarda em 1950, está totalmente em desacordo com a maioria dos modelos sugeridos de bairros sustentáveis. Percebe-se que aqui que cada área da cidade tem uma função distinta.


The Brasilia model, urban bleedingedge in the 50's is totally in disagreement with today's sustainable neighbourhoods models.  Here it is very obvious that each area of the city has a distinct function.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

manual do arquiteto descalço

http://www.4shared.com/file/26980222/b8cc7dfb/Manual_do_Arquiteto_Descalo.html

Tomei conhecimento deste manual através do meu colega Thomas Soares.
É extremamente interessante e explica coisas básicas que infelizmente diversos profissionais que estão realizando projetos hoje em dia não tem a menor noção.

Materiais

Na Suécia existe uma grande quantidade de casas de madeira. A explicação é bastante óbvia pois grande parte do território do país é coberto por florestas de pinheiros (Tall, Grön) e Vidoeiros. São árvores altas e finas, são facilmente processadas em tábuas e amplamente usadas na construção civil, principalmente de casas. Apesar de vermelhas as casas ficam bem integradas ao ambiente onde estão. É um material de farta disponibilidade, e a origem da matéria prima é muito próxima ao local de utilização.      

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Cupinzeiros

Os cupinzeiros são extremamente interessantes, são orgânicos na concepção e têm um desempenho térmico excelente.

Os cupinzeiros obedecem a vários estilos de contrução. Podem ser altos como chaminés, ter forma de guarda-chuva, ou lembrar montanhas de vários tipos, podem ser feitos em tocos de árvores ou pendurados em galhos. A maior parte é construída com terra, madeira, ou excrementos e saliva, tudo mastigado. O cupinzeiro contém depósitos, viveiros e fábrica, e no meio a câmara real, tudo mantido úmido e a uma temperatura praticamente constante por um complexo sistema de ventilação construído por uma rede de câmaras e passagens.


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Prédios + sustentáveis = prédios já existentes???

Existe esta corrente que prega que os prédios mais sustentáveis são aqueles que já existem.
Razão: o processo de demolição e construção é altamente impactante.
Me parece simplista e é conflitante com o crescimento populacional.
O Retrofit aparece como uma alternativa intermediária, mantem-se a casca renova-se o interior. É bem comum na Europa, preserva-se a identidade de cidades ou bairros, fator que é pouco valorizado por estas bandas.

Acredito que seria uma solução interessante para recuperação de centros de grandes cidades brasileiras que em sua maioria estão bastante marginalizados.

Na imagem o mercado público no centro de Porto Alegre. O prédio que aparece mais alto é o prédio do INSS.

Este prédio que ao meu ver é horroroso está desocupado, pois apresenta uma série de problemas de funcionalidade e de segurança. Não vamos entrar no mérito de eficiência energética/hidráulica e outros quesitos que estão muito além daqueles conceitos presentes no momento de sua construção.