


As ocupações irregulares são causadoras de grande impacto ambiental nas grandes cidades dos países em desenvolvimento.
São bairros, muitas vezes, com população equivalente à de uma pequena cidade que nascem e crescem sem critério de organização.
- Ocupação em áreas de importância ambiental.
As ocupações irregulares geralmente acontecem de 3 formas: em locais sem urbanização, invasões e em áreas teóricamente protegidas (topo de morros e margens) . Destas, a última é a mais impactante. A ocupação de topos de morros altera características naturais, destruindo o habitat e em função da supressão vegetal favorecendo a ocorrência de deslizamentos. Além da degradação natural, um risco para os moradores.
As ocupações em margem de rio ou lagoa representam fonte de poluentes nos corpos d'agua, a supressão de mata ciliar causa cheias podem representar sérios riscos.
- Urbanismo.
A ausência de planejamento urbano resulta em bairros:
-sem áreas verdes (praças, parques);
-sem arborização urbana;
-com vias/ruas estreitas dificultando o trânsito de veículos;
-construções sem recuo;
-ausência de esgoto;
-sem possibilidade de existência de prédios de comércio e serviços.
O fenômeno se repete; determinado local se torna foco de ocupação irregular, começam a juntar alguns casebres, depois outros mais, e em poucos anos se faz necessário o abastecimento de energia elétrica e água. Em prol da saúde pública consolida-se a favela, um bairro insustentável no sentido amplo da palavra.
Talvez, o que seja interessante na ocupação irregular é que é uma forma mais orgânica de bairro. Explica-se: estruturas leves que respeitam o relevo. A ausência de terraplanajem que dá o caráter orgânico. Porém, fora esta questão está quase tudo errado nas ocupações irregulares.
- A casa irregular:
Feita sem conhecimento dos materiais, sem cálculo estrutural, sem conforto, sem orientação solar adequada, sem instalação elétrica e hidráulica correta, sem estilo arquitetônico definido.